segunda-feira, 30 de agosto de 2010


(...) Talvez os governantes da guarda avançada pela qual damos tudo o que somos e temos, (...), talvez os chefes e os homens de ciência acabem saindo ao aberto, tendo acesso à imagem onde tudo está esperando; neste mesmo instante as jovens enguias chegam à bocas dos rios europeus, vão começar o assalto fluvial; talvez já seja noite em Delhi e em Jaipur e as estrelas biquem as rampas do sonho de Jai Singh; os ciclos se fundem, se correspondem vertiginosamente; basta entrar na noite ruiva, aspirar profundamente o ar que é ponte e carícia de vida; será preciso sair lutando pelo imadiato, companheiro(...); mas o aberto continua aí, pulsação de astros e enguias, anel de Moebius de uma figura do mundo onde a conciliação é possível, onde anverso e reverso deixarão de se desgarrar, onde o homem poderá ocupar o seu posto nessa jubilosa dança que alguma vez chamaremos realidade." 
j.c.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010




"O que vive 
incomoda de vida 
o silêncio, o sono, o corpo 
que sonhou cortar-se 
roupas de nuvens. "

j.c.m.n.